Primeiro algoz de Anderson critica: ‘Ele deveria ser mais humilde’

Poucos podem se gabar de já terem derrotado Anderson Silva. O ex-campeão dos médios, que terá a revanche contra Chris Weidman no próximo sábado (28), venceu 33 lutas na carreira e só foi derrotado em cinco oportunidades. Seu primeiro revés veio contra Luiz Azeredo, pelo Meca 1, nos anos 2000. Em entrevista à TATAME, o primeiro algoz do Spider, que também já lutou no Pride e no Bellator, falou sobre como foi a luta contra Anderson.
“A sensação de ser o primeiro lutador a derrotá-lo é muito boa. Ele é um adversário de respeito, muito bom lutador, e, naquela época, consegui dominar a luta toda. Ele não conseguiu me achar em pé e nem no chão. Fiz uma luta perfeita e acabei ganhando por pontos”, disse o lutador, que venceu por decisão unânime.
A luta contra o “Coringa”, como Azeredo é conhecido, era a terceira da carreira de Anderson, e o peso-médio já demonstrava sua verve provocativa. Na hora da encarada, já dentro do ringue – o Meca não era adepto do cage –, o curitibano deu uma “bitoca” em Luiz, uma atitude muito parecido com a que teve com Weidman na encarada antes da primeira luta entre os dois.
“Desde aquela época, o Anderson já menosprezava seus adversários, e é por isso que ele dá oportunidades para a derrota. Acredito que nunca devemos menosprezar nossos oponentes e ganhei dele porque acreditei que eu podia. Treino artes marciais desde criança, nasci para isso. Não foi por acaso que eu ganhei dele”, disse Azeredo, que analisou ainda a revanche entre Anderson e Weidman.

“Na primeira luta, o Anderson já começou menosprezando o Weidman na pesagem, por isso que perdeu. Ele já começou errado, e quem viu a luta sabe disso. Acho que, se o Anderson lutar focado no segundo combate, ele recupera o cinturão. Mas ele tem que tomar cuidado. O Weidman é muito perigoso no chão”.
Considerado por muitos como o melhor lutador de todos os tempos, Anderson Silva recebeu um “conselho” de Azeredo.
“O Anderson é um dos melhores de todos os tempos, mas deveria ser mais humilde. Ele não é mais do que ninguém, e ganhei dele sendo menor e mais leve, mas não segui a mesma trajetória grandiosa que ele seguiu”, disse o lutador, que quebrou o braço em seu último combate no Bellator e, enquanto aguarda outra oportunidade de subir ao cage, dá aulas na academia Renzo Gracie, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
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