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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

MSC #4: Ronda Rousey x Cris Cyborg seria o melhor pro UFC?

MSC #4: Ronda Rousey x Cris Cyborg seria o melhor pro UFC?

Após a indiscutível vitória de Rondar Rousey sobre Sara McMann por nocaute, a expectativa de um duelo entre Cyborg e Rousey acabou voltando  à tona. No MMA SEM CENSURA #4analisamos os prós e contras desse estimado duelo.

Rodrigo Peixoto sem censura.

Cris Cyborg

Em uma análise sobre Ronda Rousey e Cris Cyborg, precisamos dividir o tema em duas metades. Na primeira, observamos o desempenho dentro do octógono. Não consigo imaginar esse jogo manjado de Ronda funcionando contra a calejada brasileira. Acostumada a levar soco e chute dos companheiros da Chute-Boxe, a tática de fazer o “Chael Sonnen” na parte em pé, pressionando o oponente até derrubar, e depois buscando um braço para a finalização, jamais funcionaria contra a rival. Primeiro que, no momento em que Ronda tentasse caminhar para frente para pressionar, Cris fatalmente sairia batendo e testando o queixo ainda não avaliado da protegida de Dana White. Na verdade, o principal fator nesse encontro seria a agressividade e iniciativa por parte da Cris. Se partir para cima batendo firme, a invicta americana vai estar em uma posição onde jamais esteve e o desespero pode bater. Em uma luta apostaria todo meu pouco dinheiro em Cris Cyborg, via nocaute.
Tratando do segundo aspecto, importância para a modalidade, a vantagem de Ronda é absurda. Escolhida por Dana White para ser o rosto do MMA feminino, a judoca sabe explorar sua imagem, tanto a beleza física como a personalidade forte, virando um sucesso instantâneo, inclusive recebendo inúmeras propostas para participar de filmes em Hollywood. Cyborg acabou não conseguindo migrar para o Ultimate depois de uma infinidade de desavenças contratuais e de relacionamento com os dirigentes. Para piorar, o empresário da campeã do Invicta é Tito Ortiz, o maior inimigo de Dana White na modalidade. Neste caso não há qualquer chance de comparar as duas: Ronda vence em todos os aspectos.
Um combate entre as duas valendo o cinturão do UFC poderia ser o legítimo “o vencedor leva tudo”. Quem ganhar automaticamente roubará a vantagem alheia, Cris finalmente conseguira a superexposição mundial que tanto merece, já em caso de vitória de Ronda, os críticos seriam calados e sua maior “sombra” seria finalmente apagada.
Em quem eu acredito no final dessa história toda? Cris Cyborg liquida com a musa e inicia sua era no UFC, que fatalmente durará longos anos. (Cat Zingano é uma grande ameaça para ambas)

Hugo Bessa sem censura.

Gina Carano
O talento da Ronda é incontestável. A musa é bonita, polêmica, medalhista olímpica e uma campeã invicta. A receita ideal para dar um up em um lado do esporte ainda pouco explorado na maior organização de lutas do mundo.
Mas é aquele negócio. Você trocaria Ronda Rousey, uma gata, estrela de hollywood com todas essas qualidades por outra lutadora sem seus atributos midiáticos? Estranho ter que concordar com Dana White, mas em questão de business, Ronda é a maior estrela da história do MMA Feminino. Não estou falando do que ela faz no cage, estou dizendo de negócios, do conjunto.
Sem dúvidas, como um bom apreciador do esporte, gostaria de ver Ronda Rousey x Cris Cyborg no UFC, porém, sei o tamanho “perigo” que paira nessa luta sobre a campeã. Talvez este seja o motivo para que o duelo ainda não tenha acontecido verdadeiramente.
O MMA Feminino ainda é novo, eles precisavam de uma estrela, um ícone com imagem comercial, o que Ronda tem de sobra. Ela é uma verdadeira fórmula de sucesso, com toda sua feminilidade, brutalidade e respeito comum aos americanos por seus feitos olímpicos, isso na medida ideal. Agora, imagine só se uma estrangeira, trocadora de primeira linha, sem toda a mídia investida em Ronda, entrasse e transformasse o rosto angelical da americana em uma pedaço de carne moída no ground and pound. Para os leigos, seria algo escandaloso uma moça tão bonita sair com o rosto destroçado, ou quiçá somente ensanguentado de um combate, ou caísse com os olhos virados como Rashad Evans em duelo com o Lyoto Machida. Sim, seria bizarro e nada bom para a imagem do esporte, pelo menos agora, nesse início de popularização da divisão feminina no UFC.
Lógico, o risco dessas situações acontecerem é real em qualquer combate da musa, mas falando em probabilidades, basta ver uma luta de Cris Cyborg para chegar na conclusão de que esse cenário não é tão hipotético assim caso Ronda aceite um desafio da brasileira. O perigo é iminente. Lembra da Gina Carano no Strikeforce como ficou?
Sim, tenho uma opinião formada de que Cris Cyborg dominaria Ronda Rousey, a frustrando desde que acertasse o primeiro jab no belo rosto da loura. Para mim, o segredo de Ronda está no domínio, ela parte para cima e tenta impor seu ritmo até acabar a luta, usando seu jogo de quadril com toda a técnica de seu judô para encontrar as brechas de uma finalização. Duvido que a mesma ousaria tentar trocar meia dúzia de golpes com Cris, por mais confiante que seja, não creio que exista alguém tão insano a esse ponto. Ela teria que descobrir uma maneira de se aproximar da brasileira de uma forma que não encontre uma chuva de golpes em seu rosto. Uma missão bem complicada.
Portanto, para o bem do esporte e aos negócios do UFC, Ronda é a peça chave primordial. Eu, se fosse Dana  White, aumentaria essa expectativa por mais um bom tempo, até a consolidação da americana como campeã e a estabilização de Cris na divisão dos galos, onde não atua habitualmente.
Creio que daqui há 1 ano ou 2 essa luta será inevitável e assim, com o MMA Feminino já devidamente consolidado, veremos uma estrela ressurgir, não tanto nos padrões americanos industrializados, mas para dar espetáculos e voltar a ganhar o mundo dando muito dinheiro ao UFC com seus nocautes brutais. Talvez isso faça parte da evolução da modalidade. Fim de papo!

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